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7 experiências

Contar e comparar

29 de janeiro de 2020

No dia a dia são muitas as situações em que os pequenos observam os números e seus usos. Por exemplo, reconhecem o número da própria casa, do prédio ou mesmo do apartamento, observam os números dos andares no elevador, dos telefones, dos preços de produtos em feiras, mercados e lojas, dos rótulos de alimentos, das páginas de um livro e também aqueles números que representam a idade da criança, que marcam o dia do mês ou as horas no relógio.

Além de observar, as crianças aprendem muito por imitação. Reproduzem gestos e palavras, como quando ensinamos aos bebês e às crianças a mostrarem com os dedos quantos anos eles têm (ou vão fazer) ou quando repetem o nome dado a essas quantidades. Ainda que pareçam situações muito simples, são as primeiras oportunidades para que as crianças comecem a aprender sobre o universo dos números.

Aproveite brincadeiras que exploram os números

Quando pensamos em bebês e crianças de até 3 ou 4 anos, há muitas brincadeiras cantadas que trazem a sequência dos números, contribuindo para que eles escutem e, aos poucos, aprendam a reproduzi-la. Colocar essas brincadeiras e canções na lista de coisas que apresentamos às crianças é bem produtivo. No trânsito, no banho, em situações de espera, por exemplo, essas músicas podem estar sempre presentes.

Além disso, algumas ações são importantes quando pensamos nessa interação com o universo matemático, como explorar e comparar objetos, buscando semelhanças e diferenças entre eles. Podemos oferecer aos bebês objetos que podem ser explorados e comparados, como bolas de diferentes tamanhos (uma bola maior, uma de futebol; bolas de tênis, bolas de gude) – cuidando apenas para que não se oferte algo de tamanho pequeno demais que possa ser engolido! – caixas de papelão de formatos diversos ou utensílios de cozinha (que não se quebrem), como potes plásticos e colheres de pau.

Alguns jogos populares, como pular corda, também são ótimas oportunidades para as crianças entrarem em contato com a contagem. Do mesmo modo, conforme vão crescendo, podemos estimulá-las com outras interações, especialmente para que prestem atenção aos números, entendendo que eles podem cumprir diferentes funções, como a de contar, medir, organizar.

Cozinha também é lugar para conversar sobre Matemática

Acompanhar o preparo de uma receita culinária pode ser um ótimo momento para lidar com os números, já que eles quase sempre acompanham as instruções, como: 1 xícara de farinha, 2 colheres de chocolate em pó, 1 litro de leite. Também é possível comparar os preços dos ingredientes no mercado. Nesse caso, ler os valores para as crianças também é fundamental, já que R$5,30 não significa quinhentos e trinta, muito menos cinco, três, zero, mas cinco reais e trinta centavos. Mesmo quando são escritos da mesma maneira, o significado de um número pode variar de acordo com o contexto e ter muitos jeitos de ser interpretado. Cada cenário traz algo diferente que os pequenos podem pensar e aprender.

Estimule a criança a fazer coleções

Ainda em relação ao dinheiro, organizar um cofrinho e, vez ou outra, checar quanto há lá dentro é outro jeito de entender o funcionamento dos números e outras relações, tais como: uma moeda de 1 real equivale a 10 moedas de dez centavos, por exemplo.

Os objetos a serem colecionados podem ser os mais variados: figurinhas, carrinhos, bolinhas de gude, selos, ímãs… a lista pode ser mesmo infinita! Colecionar permite que as crianças aprendam a controlar quantidades, e as mais velhas podem até anotá-las para ir acompanhando o crescimento da coleção!

Aproveite brincadeiras que exploram os números

As crianças, desde pequenas, também podem ser convidadas a comparar objetos, observando-os e pensando com que se parecem ou como são diferentes. Podem comparar formas (quadrados, círculos), pesos (leve, pesado, mais leve, mais pesado), tamanhos (menor, maior, grande, pequeno), alturas (alto, baixo). Em um passeio pelas ruas, ou mesmo em um parque ou outro espaço público, podemos estimular muitas dessas comparações: “Veja como aquele prédio é alto e esse é mais baixo. Veja o tamanho daquela árvore! Percebe como seu tronco é alto e largo? E olhe como são pequenas suas folhas. Vamos tentar encontrar folhas maiores para comparar?”

Outra situação interessante e que gera boas comparações é escolher um local da casa para marcar periodicamente a altura da criança. Pode ser em uma parede ou no batente de uma porta. Isso possibilita, inclusive, que ao longo do tempo a criança acompanhe seu próprio crescimento.

As situações são as mais diversas possíveis, mas aprender sobre os números, suas utilidades e ser capaz de fazer cálculos não é algo simples e rápido, faz parte de um longo e complexo processo que começa com as situações cotidianas da infância.

Contar e comparar em diferentes idades

 

Até 2 anos

As crianças, nessa idade, começam a empilhar objetos e derrubá-los, tentam encaixar um brinquedo no outro, experimentam seus sons e observam seus tamanhos.

Até 4 anos

Nesse momento da vida da criança, ela começa a se divertir dizendo as cores e tamanhos dos objetos com ajuda dos adultos ou contando sua quantidade. Também aprendem sobre os números através de músicas. Começam a ajudar na organização dos brinquedos, ao guardá-los.

Até 6 anos

Quando estão um pouco mais crescidas, as crianças já contam e comparam em várias situações: ao aprender um número de telefone, ao ajudar na preparação de uma receita ou em uma compra de mercado, ao acompanhar as medidas de sua altura, ao pular corda ou ao colecionar objetos.

 

Vamos conhecer algumas situações em que as crianças contam, comparam e os adultos contribuem para isso?

Cozinhar e aprender sobre quantidades

Contando juntos

Conversando sobre pesos

Vídeos: Contar e comparar



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